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      Os primeiros se originaram ao moldar a energia em elementos. A princípio, lidavam apenas com os quatro elementos originais ― fogo, terra, água e ar ― mas com o passar dos anos foram se tornando ainda mais diversificados. Hoje, há tantos tipos de magias elementais que não se pode dividi-los em grupos.  Historicamente, os elementistas começaram a incorporar elementos de luta a suas magias, coisa que não existia para os arcanistas. A magia antes era usada na sua forma mais pura, agora era usada como arma.

      Os últimos, assim como os elementistas, surgiram a partir de um grupo de arcanistas. Utilizando do princípio do vórtex, que trazia espíritos e criava portais entre mundos, este grupo decidiu ser capaz de conjurar armas ou corpos sólidos ― algo tido como um tabu até então ―. Foram chamados assim justamente por serem a linha de frente da maior parte das batalhas ocorridas em Aether. Com o passar dos tempos, os guerreiros passaram também a imbuir magia em artefatos, atribuindo propriedades mágicas a espadas e demais armamentos. Surgiram praticamente em paralelo com os Elementistas, mesmo que esta origem tenha sido documentada pouco depois.

      Em ambos os casos, os corpos dos magos sofreram diversas alterações, de tal forma a se adequar às manipulações de energia, às batalhas e aos elementos dobrados. Sua resiliência é aumentada, as manipulações se tornaram mais fáceis e menos auto-destrutivas.

      Todavia, Sekneith não foi a única a abençoar os homens com a magia.

      Acredita-se que o deus-serpente, movido pela angústia e o sentimento de traição, escolheu um seguidor e o abençoou com um outro tipo de magia: a magia de hipnose. Os magos hipnóticos foram desacreditados, subestimados e perseguidos durante os anos. O poder de controlar mentes foi, em igual proporção, temido e desejado por reis e nobres, mas demorou eras até que fosse reconhecido como tal.

      Esse reconhecimento veio apenas com a origem dos ilusionistas. Este último tipo de magia se manifesta pela alteração do meio a partir de energias arcanas. O ilusionista surgiu criando miragens, capturando mentes, capazes de prender homens a pesadelos sem fim. Hoje eles conseguem produzir mudanças em seus próprios corpos ou no cenário ao seu redor. São magos tidos por excêntricos e o alcance de seu poder ainda é desconhecido para os teóricos.

      Nos dias atuais, a magia não é bem vista pela alta sociedade, os clãs ainda existem e possuem certa força, o rei ainda necessita de magos em suas fileiras, porém aprendê-la é uma prática desencorajada.

      A tecnologia avança, com suas invenções, e a magia sobrevive pelos becos, nas mãos de pessoas pouco instruídas.

O presente da deusa

      “Nunca existiu dúvidas com relação aos motivos de Sekneith, a magia foi dada para proteção em um mundo bárbaro. Agora que há civilidade entre os povos, qual a necessidade de manter um costume arcaico? Os magos não são tão necessários quanto foram outrora, é tempo de revermos conceitos e aceitarmos que a magia já não é mais que uma superstição em nosso reino.” — Acab Azad, rei de Aether.

      Há, para todos os casos, cinco tipos essenciais de magos. Cada um com uma origem e especialidade diferentes, ainda que possuam a mesma origem. Sabe-se que a magia foi entregue pela própria deusa a um grupo seleto, quando o homem engatinhava na terra. Estes primeiros magos foram incumbidos com a missão de propagar e difundir o conhecimento sobre o etéreo, o arcano e o vórtex; com domínio sobre a forma mais pura de energia, eles são chamados, até hoje, de arcanistas.

      Eles foram os responsáveis pelos primeiros estudos e também pelo descobrimento das leis que regem a magia. Contudo, com o passar dos anos, tornam-se ainda mais raros e sua magia (de cunho pouco bélico) é esquecida em prol daquelas utilizadas em lutas.

Com reis desejando soldados, mesmo precisando dos estudiosos, a magia foi se distanciando, em seus primeiros anos, de seu sentido original. Das alterações da magia arcana, nasceram dois grandes grupos: os elementistas e os guerreiros.

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